domingo, 23 de setembro de 2012

Dragonlance - um cenário alternativo

Laurana - ilustração de Clyde Caldwell

Dragonlance sempre foi um dos meus cenários de campanha preferidos de AD&D. Porém, desde a conclusão de Dragons of Summer Flame, as alterações feitas no cenário me incomodaram demais - muitas pareciam forçadas e despropositadas, como se de tempos em tempos Krynn fosse afligido por um evento apocalíptico cujo único propósito fosse justificar reboots desnecessários do cenário.

Claro que, como muitos DMs, nunca fui de seguir ao pé da letra eventos retratados em romances; se algum fato ocorrido em um romance contradiz minha campanha, vale o que ocorre na mesa. Isso vale para qualquer cenário publicado, seja Dragonlance ou Star Wars.

Inicialmente, para ignorar as mudanças retratadas nos romances que me desagradaram, e para desvincular minha campanha da cronologia oficial, minha intenção era criar uma linha de tempo alternativa, que ocorreria alguns anos após os fatos retratados na trilogia Legends. Mas por falta de tempo, nunca desenvolvi por completo essa idéia.

Porém, quando li Legends of the Twins (um livro de Dragonlance para o sistema d20), mais especificamente o capítulo sobre as realidades alternativas de Krynn, voltei a matutar a idéia.

Para desenvolver minha versão de Krynn, tomei o cenário Age of Dragons como ponto de partida, que para mim seria quase ideal, pois ignora todas as bobagens da Age of Mortals.

Basicamente, nesta realidade alternativa Tas não está presente na batalha contra o Caos, e para evitar a aniquilação de Krynn Takhisis se une a Paladine e os dois conseguem derrotar e banir Caos de uma vez por todas.

A paz é assinada entre Solamnia e os Cavaleiros de Takhisis liderados pelo Marechal Alexius Medan, que se torna o novo Lorde da Noite após a morte de Ariakan.

Aí começam minhas alterações particulares:

Logo após a assinatura do tratado, em 383, as nações do oeste de Ansalon decidem se unir para formar o Império de Solamnia, uma grande nação que engloba todo o território a oeste das Montanhas Dargaard e a cidade de Kalaman. Já os Cavaleiros de Takhisis ocupam Taman Busuk, Estwilde, Nordmaar e Kern.

Desde o fim da Guerra do Caos, Ansalon viveu anos de paz e prosperidade. Porém, em 422 os anos de paz podem estar chegando ao fim. A "guerra fria" entre o Império e os Cavaleiros vem piorando, e há um clima de preocupação no ar. Líderes de ambos os lados falam em ataques por antecipação, enquanto outros advocam a paz.

Além disso, vários rumores e boatos ouvidos nas tavernas e estalagens de Ansalon parecem indicar o surgimento de várias novas ameaças:

  •  os ogros de Blöde e Khur estão se unindo sob a liderança de um misterioso "gigante azul";
  •  os belicosos hobgoblins de Throtl estão se armando e, por mais improvável que pareça, planejam atacar o Império. Os mais paranóicos em Solamnia dizem que isso pode ser a vanguarda de uma invasão dos "Cavaleiros de Neraka" (termo pejorativo que os solamnicos usam para se referir aos Cavaleiros de Takhisis);
  •  um gigantesco dragão branco vem atacando os bárbaros humanos em Icereach;
  •  navios de guerra do Império dos Minotauros foram avistados na costa de Silvanesti;
  • os goblins de Lemish, que todos julgavam exterminados, vem atacando vilas humanas com freqüência e selvageria que não era vista há anos.

Nenhum comentário: