quinta-feira, 26 de março de 2009

Aventuras Fantásticas


Já dizia Aldacir Louro, lá pelos idos de 1955, que recordar é viver. Então, aqui vai o momento “fundo do Baú” do Masmorras & Dragões.

Antes do lançamento oficialmente do GURPS, o primeiro sistema de RPG a ser traduzido e comercializado no país em 1991, a imensa maioria daqueles que viriam a se tornar os futuros “rpgistas” (incluindo este que vos escreve) havia tido algum contato com os livros-jogos da série “Aventuras Fantásticas”.

Lançados no Brasil a partir de 1989 pela editora Marques & Saraiva, a coleção Aventuras Fantásticas era a adaptação da série britânica Fighting Fantasy, publicada no Reino Unido pela editora Games Workshop dos designers e autores Ian Livingtsone e Steve Jackson (que, ao contrário do que muitos pensam, não é o mesmo Steve Jackson que criou o GURPS).

A maioria dos livros da série, que na Inglaterra chegou a ter 62 títulos publicados entre 1982 e 1995 (no Brasil foram 29 títulos na série principal), trazia aventuras de fantasia medieval, ambientadas no mundo de Titã, como O Feiticeiro da Montanha de Fogo, A Floresta da Destruição, A Cidade dos Ladrões e As Cavernas da Feiticeira da Neve; no entanto, alguns títulos traziam aventuras de ficção-científica (A Nave Espacial Traveller, As Coligações de Kether, entre outros).

Vale mencionar que desde 2002 a editora inglesa Wizard Books vem relançando os livros da série lá fora. Aqui no Brasil, infelizmente, nenhuma editora se habilitou a fazê-lo, e hoje os livros de Aventuras Fantásticas só podem ser encontrados, com muita sorte, em alguns sebos.

Para jogar nestes livros, assim como em um RPG, o leitor criava um personagem, anotava suas estatísticas e equipamento em uma planilha e ia seguindo as instruções apresentadas nos diversos capítulos, de modo semelhante à série “Escolha sua Aventura”, publicada pela Ediouro nos anos 80. Porém, o que diferenciava os livros de Aventuras Fantásticas era a utilização de uma mecânica de jogo que fazia uso de dados de 6 faces para resolver algumas situações, principalmente combates.

Para a moçada brasileira que tinha pouco ou nenhum contato com RPGs e afins, exceto por jogos ocasionais no Phantom System (o “genérico” da Nintendo lançado aqui pela Gradiente na época) ou Mega Drive, essa série marcou época. Aliás, lembro até hoje do dia em que comprei meu primeiro exemplar da série, na Livraria Siciliano, em Santos (SP). Acredito que foi na época de férias escolares, pois eu simplesmente não consegui deixar o livro de lado até derrotar o temível Balthus Dire e terminar a aventura.

E vocês, leitores, também começaram com as saudosas Aventuras Fantásticas?

Até a próxima!

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